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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Propósito da teologia


Um dos maiores problemas enfrentados para se definir o significado da palavra teologia está na condição limitada do homem em compreender tudo sobre Deus. Por outro lado surge também um impasse racional dentro da dificuldade do homem em lidar com o desconhecido e estas questões são tão velhas quanto também é a filosofia, que acredita  que definição padrão do conhecimento é a crença verdadeira justificada[1]. Ora se homem não pode afirmar tudo como uma verdade concreta algumas verdades se tornam mero ponto de vista, o que justifica a diversidade de ideologias sobre Deus.

Uma frase acertada sobre o tema e dada por Louis Pasteur.

 "Pouca ciência afasta de Deus, muita a Ele reconduz"

Teologia não pode afirmar quem é Deus e nem muito menos tem o intuito de estudá-lo como um mero objeto de pesquisa, mas conduzir o ponto de vista do homem através de técnicas desenvolvidas que superam ou melhoram nossas dificuldades de entendimento para um ponto de vista mais seguro e acertado.

Tanto vale a ideia de interferência sobre o  ponto de vista que em umas dessas publicações inconsequentes que tentam denegrir a veracidade da bíblia alguém lançou um titulo muito interessante.

“É a bíblia fruto de uma inteligência sobre-humana?”  

A palavra sobre-humana quer dizer superior às forças ou às faculdades humanas. O problema de quem tem seu ponto de vista baseado em poucas informações  é exatamente este, taxar a bíblia como algo somente e tão somente sobrenatural, quando na verdade toda faculdade natural do homem foi preservada por Deus.

Se Deus fosse totalmente sobrenatural qual seria o homem com a capacidade de entendê-lo?

Na verdade a bíblia é uma revelação divinamente inspirada que serve como iluminação para que o homem natural possa compreender melhor sobre o sobrenatural mostrado por Deus por  meio de uma comunicação que  homem possa decifrar.

Portanto a bíblia é natural e divina ao mesmo tempo é este o ponto de vista que temos que ter das escrituras.

O que nos traz de volta aos conceitos mais acertados é exatamente a manutenção dos nossos pontos de vista, ele é modificado ou consolidado a cada instante pela percepção de uma nova informação.

A ciência moderna tem investido fortemente na prática do “PVN” [2], mas esta ainda é uma ferramenta improdutiva diante da cultura populacional, pois como chegaremos a um ponto de vista neutro com os mesmos resultados se divergimos muito em conhecimento?

Portanto a teologia sugere métodos específicos que tentam se aproximar da verdade  igualando o conhecimento e técnicas dos seus teólogos.

Claramente assim como a PVN não garante 100% existe ainda na teologia divergências que criam linhas de ideologias diferentes, mas isto não descredita a teologia, muito pelo contrario patrocinam seu desenvolvimento para uma ciência mais perfeita.






[1] Platão (427-347 AC), em particular no Theaetetus  (estudo da Epistemologia)


[2] Ponto de vista neutro: procura apresentar  ideias e fatos de uma forma que todos os apoiadores e oponentes possam concordar. Logicamente, 100% de concordância não é possível

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Os milagres estão em nossas mãos.


14 E Jesus, saindo, viu uma grande  multidão e, possuído de íntima compaixão para com ela, curou os seus enfermos.15 E, sendo chegada a tarde, os seus discípulos aproximaram-se dele, dizendo: O lugar é deserto, e a hora é já avançada; despede a multidão, para que vão pelas aldeias e comprem comida para si. 16 Jesus, porém, lhes disse: Não é mister  que vão; dai-lhes vós de comer. 17 Então, eles lhe disseram: Não  temos aqui senão cinco pães e dois peixes. 18 E ele disse: Trazei- mos aqui. 19 Tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a erva, tomou os cinco pães e os dois peixes, e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e, partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos, à multidão. 20 E comeram todos e saciaram-se, e levantaram dos pedaços que sobejaram doze cestos cheios. 21 E os  que comeram foram quase cinco mil homens, além das mulheres e crianças.” (Mateus 14;14-21)


Já ouvi varias pregações sobre este tema, mas pouca e raras vezes eu  tive o privilégio de escutar que o milagre da multiplicação não aconteceu nas mãos de Jesus  e sim nas mãos dos apóstolos. Você pode estar perguntando se realmente isto faria alguma diferença e a resposta seria; sim, muita diferença, pois se observarmos no inicio do versículo 15 do capitulo 14 de Mateus, vamos observar que o milagre aconteceu nas mãos de quem não esperava o milagre, mas antes buscavam uma solução natural para o problema. Poderíamos dizer que estes homens não estavam praticando a fé como Jesus queria que eles praticassem.
Os problemas da vida nos fazem muitas vezes perder as nossas expectativas no sobrenatural divino, criando uma distância tão grande entre o que eu espero do mundo e que eu espero de Deus, que neste momento praticamente nos isolamos dEle para buscar as soluções naturais.
Não quero que se sinta tão mal assim quando estiver em um problema que lhe tire a fé, Deus sabe das nossas limitações. O próprio Jesus estava preparado para estender as mãos para Pedro quando ele afundou sobre as águas. Deus não vai deixar você cair. Por mais difícil que seja os problemas que nos afrontam precisamos neste momento de ouvir, pois só recuperaremos nossa fé pelo ouvir.
O fato é tão interessante que quando Jesus observa a falta de fé dos apóstolos Ele começa a delegar apontando uma saída sobrenatural, no entanto nos homens somos como arvores plantadas sobre o solo com raízes profundas em nossos conceitos, e quando somos convidados a sair de um estado natural temos que estar sujeitos a perder parte destas raízes. Foi exatamente o que os discípulos fizeram apresentaram suas raízes para  Jesus tentando convencê-lo do  improvável. Quando eles disseram a Cristo que tinham apenas cinco pães e dois peixinhos eles queriam que Jesus comparasse o numero de alimentos com o numero de pessoas que estavam ali. As vezes você esta  agora fazendo a mesma coisa  dizendo: Que isto? Isto é câncer e as estatísticas não são boas; O meu filho está se drogando e  eu já fiz de tudo....
... Siga um conselho e apenas ouça; Deus não participa desta matemática e o resultado de Jesus não foi baseado em quantidade de peixes e nem em quantidade de homens, estas contas foram tão ruins que sobraram doze cestos. O resultado de Deus não são números mas sim  o seu problema resolvido.
As vezes você estaria me perguntando: Seria possível realizar um milagre sem fé? Mas quero deixar bem claro que não é isto que a passagem mostra.
Imagine você com um pedaço de uma metade de pão na mão diante de cinco mil homens, além das mulheres e crianças famintas e alguém então diz para você  alimentá-las com isto ,qual seria sua atitude? Os apóstolos aceitaram o desafio.
Aceitar os desafios  prova que você retomou a sua fé.
Não feche seus ouvidos para Deus, Ele vai te chamar, escute:Ele vai mandar repartir, Reparta: Pois a metade da solução que você tem no mundo soberba em cestos de milagres quando você recupera a sua fé.
Ouça e não pare de ouvir até acreditar que podes e então poderás.




terça-feira, 17 de julho de 2012

Importância do Ensino Religioso na Família


Importância do Ensino Religioso na Família
Falar que a família é a célula mater da sociedade sendo ela a responsável pela formação do caráter do individuo, pode parecer algo super moderno pelas palavras que são impressas, no entanto este conceito nunca foi tão novo assim como se imagina. A bíblia expressa em todo seu conteúdo que Deus não tratava de pessoas separadas de qualquer maneira, mas de um povo em particular denominado povo de Deus, em algumas traduções eles são: os escolhidos, a família de Deus, a  geração abençoada  ou a Casa de Israel.

Gn 17.3-8: Logo Abraão se prostrou com o rosto no chão e Deus lhe falou dizendo: "Eis a minha aliança contigo. Tu te tornarás Pai de uma grande multidão de nações. Teu nome não será mais Abrão, mas Abraão, pois eu te faço Pai de uma multidão de nações. Tornar-te-ei muito, muito fecundo. De ti sairão reis e nações, e minha aliança estará contigo e com a tua descendência de geração em geração, como uma aliança eterna, sendo eu teu Deus e Deus de tua descendência. Darei a ti e, depois de ti à tua descendência, a terra onde moras como estrangeiro, toda a terra de Canaã, como possessão para sempre, e eu serei vosso Deus".

Para o povo de Israel, família é uma realidade fundamental, sinônimo solidariedade, uma base solida de personalidade baseada em suas sua raízes e com um eterno sentimento de que todos provêm de um pai comum, de uma paternidade que deve ser honrada. Cada família tem o mesmo selo patriarcal com a promessa de Deus em sustentá-la. Seus valores são transmitidos de geração em geração, por meio das ligações de sangue, de afeto e de ensino do  caráter e personalidade que Deus almeja para o homem.
Portanto a família tem que ser multiplicadora do caráter Divino de geração em geração.
1Rs 11:38: Se ouvires tudo quanto te ordeno, andares em meus caminhos e fizeres o que é reto aos meus olhos, guardando os meus mandamentos e meus preceitos como o fez Davi, meu servo, estarei contigo e construirei para ti uma casa estável, como a construí para Davi.

Mesmo que os pais venham a descansar para o judeu a família tinha que se perpetuar.

2Sm 7.11-12: O Senhor te anuncia que fará uma casa para ti. Quando chegar o fim dos teus dias e repousares com teus pais, então suscitarei um descendente para te suceder, saindo de tuas entranhas e consolidarei o seu reinado.

No entanto a base familiar deste século perdeu a expectativa que os Judeus praticavam com relação à família. Estamos enterrando os valores que ela tem em  meio a uma  vida medíocre e corrida de um mundo acelerado.
Um bom exemplo de descontrole familiar neste quesito é o que afirma a psicóloga Daniela Carneiro em falar que no Brasil as crianças assistem à TV em média de 4h50min quase o mesmo tempo em que freqüentam as aulas ( 5 horas). O tempo de influência destes dois ambientes é praticamente o mesmo fazendo com que suas características de personalidade sejam maiores nos traços adquiridos entre a escola e a TV. Muitas vezes ouvimos constantes casos de jovens agressivos ligados a filmes de violência apresentados na televisão.
Temos números que revelam que o Governo gasta em média  R$ 120,00 bilhões por ano com o sistema carcerário composto de 60 mil delegacias e que abrigam cerca de 160 mil detentos. Por outro lado o sistema de ensino educacional público recebe em média apenas R$ 62,8
bilhões por ano. O governo gasta quase duas vezes mais para remediar do que para prevenir.
A primeira impressão que se tem é que o Governo então não é um bom administrador do sistema, no entanto a culpa maior ainda é da família que entregam seus filhos as escolas já com 80% do seu caráter preestabelecido conforme seu convívio familiar. A escola recolhe estes alunos já como sendo grandes problemas para a sociedade, de modo que o governo irá no futuro tentar reprimir  uma parcela resultante da má formação do ensino público e uma outra parcela que já veio como fruto problemático de uma  família desestruturada.

“O organismo age e reage a seu meio com maior ou menos intensidade; a medida que diminui a intensidade, o comportamento físico se transforma em comportamento mental. Quando a intensidade aumenta, o comportamento mental torna-se comportamento físico” (Perls,  1973,  p. 28 na Ed. Brás.).

Gl 5.19-21 Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são: a prostituição, a impureza, a lascívia, a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções, as dissensões, os partidos,
as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas praticam não herdarão o reino de Deus.

O fato denuncia que nós somos frutos das nossas experiências com a vida, só podemos falar do que vivemos aprendemos e sentimos. Por isto é extremamente necessário que a família reate o compromisso de formar a personalidade de seus membros baseada nos conceitos divinos e não nos critérios humanos.

Pois quando a bíblia fala em frutos do espírito ela se refere exatamente a personalidade e os benefícios que uma pessoa pode alcançar em Cristo.

Gl 5.25   Se vivemos pelo Espírito, andemos também pelo Espírito.

Ou seja, quem vive no Espírito refletirá o caráter do Espírito.
E com isto a sociedade ganha um indivíduo como sendo: (Gl 5.22-23 ).  

  • Uma pessoa amorosa
  • Uma pessoa feliz
  • Uma pessoa pacificadora
  • Uma pessoa sadia
  • Uma pessoa  benigna
  • Uma pessoa mansa e humilde
  • Uma pessoa reta (com domínio próprio)

E o reino de Deus ganhará um novo membro Capacitado para obra

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Quebrando Barreiras


Assim como o próprio titulo sugere também o seu propósito nos convida a quebrar protocolos, não de uma maneira irresponsável, mas dentro de uma lógica racional.
Se analisarmos os contextos que nos envolvem de uma  forma inteligente acabaríamos por perceber que estamos  mergulhados em dois grandes meios problemáticos que tendem a reduzir nossas verdades como filho de Deus. O primeiro deles recebe o nome de religiosidade, um sistema praticamente imutável que cria uma sociedade voltada para um pensamento fixo e praticamente inabalável. Normalmente este sistema usa-se de linhas de raciocínios pré-estabelecidas onde se faz a prática da manipulação da palavra de Deus para justificar algo que o homem não conseguiu abandonar da sua cultura anterior, de forma que isto possa ser utilizado agora legalmente diante de Deus. Este tipo de sistema tende a manter um costume de vida justificado de uma maneira forçosa pela palavra de Deus. Vemos muito disto nas religiões afro-brasileiras e outras como o islamismo. Enganam-se quem pensar que este é um problema da igreja moderna, se analisarmos os livros de Atos e as cartas de Paulo, claramente perceberíamos que o sincretismo já era um grande problema desde a igreja primitiva. Agora vem uma parte ainda mais problemática, “ninguém consegue demolir um prédio se não dinamitar a sua base”. Se você é cristão vai ter facilidade de concordar comigo sobre o islamismo, sobre as religiões afro-brasileiras e até mesmo sobre as igrejas primitivas, mas se eu disser que você pode estar errado irá criar uma autodefesa, por que realmente acredita que esta agindo corretamente ( Não que não esteja este não é o caso), mas é exatamente o que todos os outros também irão fazer. Este ponto então denuncia o segundo meio como grande problema que nos impedem de sairmos do comum (Nós mesmos). Realmente não podemos mudar o sistema religioso se não mudarmos as pessoas que estão lá dentro e isto pode incluir eu e você, pois nós somos a base deste edifício.
Podemos ser diferentes:
A) Quebrando ideias.
Uma vez minha filha me perguntou onde se encontrava na bíblia uma passagem que segundo ela era muito comum que dizia “Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos” e isto me trouxe uma grande preocupação, pois esta passagem não está na bíblia e muito menos se parece com que a bíblia prega, mas se tornou uma verdade inconsequente de autoajuda para uma classe de pessoas que ouviram o que queriam ouvir. Deus não capacita ninguém Ele já o criou capaz, você é um projeto de Deus que contêm nos mínimos detalhes todas as características que Ele vai precisar em você  para boa obra.
“Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10).
“Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça” (Gl .15).
Temos que recusar idéias prontas ou idéias que incentivem o nosso ser a viver na autoajuda. Precisamos avaliar a bíblia antes de concordarmos com que os outros dizem.

B) Não repita o que os outros fazem sem profundamente avaliar Conhecendo sua influência.
“Uma mentira dita por uma autoridade se torna uma verdade perigosa”
Em uma ministração sobre o casamento um líder de casados divulgava há mais de 20 anos uma mentira comum no meio dos casais por acreditar que aquilo era uma verdade, ele dizia algo aparentemente comum sobre a aliança não ter começo e não ter fim e muitos ainda são contaminados por esta idéia. De onde tiraram a idéia que uma aliança é infinita? Ainda mais no casamento, pois por que motivo uma pessoa estaria preso em um relacionamento após a morte do outro? A aliança tem um tempo determinado a sua durabilidade esta ligado aos termos do seu compromisso, no caso do casamento até que a morte os separe.
A aliança não significa eternidade, mas o começo ela é circular para lembra-lo do seu compromisso inicial, por acaso a cada volta ela não se encontra no mesmo ponto? O Próprio Deus disse a Noé  que colocaria um sinal por aliança entre as nuvens  para que quando a tempestade ameaçasse a vida do homem Ele se lembrasse da promessa do acordo inicial que tinha o homem, seria mais viável aconselhar os casais que voltassem sempre ao começo quando os seus relacionamentos estivessem nublados para se lembrarem dos projetos de amor que fizeram juntos.
Precisamos entender a influencia que temos e ministrar com responsabilidade a verdade e não o modismo.

Que Deus abençoe Todos.